• 03/10/2019
  • por Resenha Politika

Segurança Pública

Bolsonaro e Moro lançam campanha publicitária para o pacote anticrime

Bolsonaro e Moro lançam campanha publicitária para o pacote anticrime

Apresentado no início do ano como uma das pautas prioritárias do governo federal no campo da segurança pública, o pacote anticrime do ministro Sergio Moro ainda não deslanchou no Congresso. Ao contrário, tem recebido críticas e até derrotas no grupo de trabalho que analisa a matéria na Câmara. Por isso, vai ganhar um reforço do Planalto: o pacote é o alvo da nova campanha publicitária da União, que recebeu um investimento de R$ 10 milhões e será lançada nesta quinta-feira (3).

A estratégia publicitária, cujo slogan é “Pacote Anticrime. A lei tem que estar acima da impunidade”, será lançada em uma cerimônia que vai reunir o presidente Jair Bolsonaro, o ministro Sergio Moro e integrantes da bancada da bala no Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira.

Como adiantou o Congresso em Foco, a campanha prevê a veiculação de anúncios em rádio, televisão, internet, cinema e mobiliários urbanos. Os prédios da Esplanada do Ministério, por exemplo, já ganharam "outdoors" com dizeres como "Pacote anticrime. A lei tem que estar acima da impunidade", "Mais rigidez no cumprimento das penas para crimes de corrupção, roubo e peculato", "Mais tempo de prisão em regime fechado para crimes hediondos".

Os anúncios ficarão no ar por 28 dias, até 31 de outubro. E, segundo o Planalto, mostram que "a legislação atual sobre a segurança pública já não atende às necessidades da sociedade e que as alterações propostas do Projeto de Lei 882/2019 visam a conferir maior agilidade ao combate à criminalidade, às ações penais e à efetividade no cumprimento das penas".

A campanha mira públicos diversos, desde parlamentares, servidores públicos, agentes de segurança pública até formadores de opinião. E, dessa forma, tenta melhorar a imagem do pacote anticrime diante da opinião pública. Afinal, desde a morte da menina Ágatha Christie no Rio de Janeiro, as críticas ao projeto de Moro ganharam força, por conta da possibilidade de a nova legislação abrandar a pena imposta a policiais que cometem crimes em situação de confronto iminente - o chamado excludente de ilicitude.

Nas palavras do Planalto, a ideia "é mostrar à sociedade a importância da revisão do arcabouço jurídico da segurança pública e da adequação das leis da área à realidade atual do país". Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro argumentou que é necessário promover o conhecimento e a reflexão sobre a importância da evolução das leis na área de segurança.

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