• 18/03/2019
  • por Resenha Politika

PGR

Dodge quer informações da Caixa em processo sobre dinheiro para fundação da Lava Jato

Dodge quer informações da Caixa em processo sobre dinheiro para fundação da Lava Jato

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (18) um pedido para que a Caixa Econômica Federal (CEF) preste informações a respeito dos R$ 2,5 bilhões depositados pela Petrobras em uma conta vinculada à 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. Parte do montante serviria para a criação de uma fundação da Lava Jato.

O pedido foi feito dentro de uma ação que questiona o acordo fechado pela estatal e a força-tarefa da Operação Lava Jato que permitiria a criação de uma fundação para gerir recursos acordados pela petroleira com autoridades americanas. A decisão sobre o envio ou não das informações cabe ao relator, ministro Alexandre de Moraes.

“(...) destaco a necessidade de que a Caixa Econômica Federal seja intimada para apresentar, nestes autos, informações que possam retratar, de forma bastante objetiva, o elevado montante depositado, a data do depósito, o tipo e natureza da aplicação e rendimentos incidentes sobre estes valores; e se haverá alguma alteração nestas regras em razão do bloqueio ora determinado e manutenção em depósito judicial”, diz a PGR.

Acordo com a Petrobras

O dinheiro vem de um acordo fechado entre Petrobras e autoridades americanas em setembro do ano passado, para encerrar investigações nos Estados Unidos de irregularidades na estatal.

Ficou acertado na ocasião que 80% do montante seria depositado no Brasil, o que equivale a R$ 2,567 bilhões. O Ministério Público Federal no Paraná planejava criar um fundo privado para gerir esses recursos.

O órgão então fechou um acordo com a Petrobras, homologado pela Justiça Federal no Paraná, que previa a constituição de uma fundação de direito privado para destinar parte dos recursos a iniciativas sociais, em áreas como saúde, educação e meio ambiente.

Em 30 de janeiro, a estatal depositou os R$ 2,567 bilhões em conta da Caixa Econômica Federal vinculada à 13ª Vara Federal de Curitiba, que julga os casos da operação.

Acordo suspenso

Na sexta-feira, entretanto o ministro Alexandre de Moraes, suspendeu a homologação e a eficácia do acordo firmado entre a força-tarefa da Lava Jato e a Petrobras. Ele determinou que os valores depositados pela Petrobras fossem bloqueados e mantidos em uma conta designada pela Justiça.

“Nestes termos, ciente da decisão cautelar acima referida, esta PGR requer a Vossa Excelência que determine à Presidência da Caixa Econômica Federal que apresente a esta d. Relatoria, de forma documentada, todas as informações sobre o depósito efetuado pela empresa Petrobrás à disposição do Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (que homologou o Acordo de Assunção de Compromissos), notadamente sobre a gestão financeira desta verba: o montante original, rendimentos, taxas incidentes, forma de remuneração, dentre outras informações cabíveis”, solicitou Dodge.

Para a procuradora, as informações são necessárias, porque pode haver prejuízo financeiro em razão da alteração nas regras de aplicação e rendimentos incidentes sobre os valores.

“A depender da alteração das regras de atualização monetária e dos rendimentos estabelecidas originariamente, poderá ocorrer uma perda significativa dessa correspondênci

G1

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