• 04/06/2019
  • por Resenha Politika

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Drª Paula propõe cortes nos salários da classe política em vez de punir os mais humildes com o ‘pente-fino’ no INSS

Drª Paula propõe cortes nos salários da classe política em vez de punir os mais humildes com o ‘pente-fino’ no INSS

A deputada Drª Paula (PP) defendeu cortes nos salários de senadores, deputados federais e deputados estaduais ao invés de penalizar os aposentados mais humildes, que recebem os menores vencimentos. A defesa foi feita nesta terça-feira (4), em pronunciamento feito na tribuna da Assembleia Legislativa, em protesto a aprovação, no Senado, da Medida Provisória do Poder Executivo, que autoriza o governo federal a promover um ‘pente-fino’ nas aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Nacional).

“A medida do governo vai atingir os que ganham menos, aposentados que percebem o salário mínimo. Isso vai ocorre porque, na avaliação, os técnicos do governo não irão levar em conta questões sociais, o que vai prejudicar justamente os mais humildes. Falo isso com conhecimento de causa, porque fui médica perita do INSS. Agora pergunto: por que o governo não faz uma peneira nos que ganham mais?”, indagou a deputada.

A parlamentar defendeu, também, corte nos salários de prefeitos que, atualmente, ganham altos vencimentos, em detrimento da maioria dos servidores municipais que, em grande parte, também recebem um salário mínimo.

A propósito, entre os prefeitos paraibanos, o maior salário (R$ 24 mil), é do prefeito de São José de Piranhas, Chico Mendes. Sobre o assunto, a deputada assim reagiu: “É por isso que sou pré-candidata a prefeita de São José de Piranhas. Isto é, minha primeira medida será reduzir o salário de prefeito. Por que a classe política tem que ser privilegiada, ganhar altos salários? Não, não concordo com privilégios, temos que ganhar um salário compatível com a realidade do trabalhador brasileiro”, acrescentou.

Drª Paulo, no entanto, tem consciência de que a sua proposta será rechaçada por seus colegas, a começar pelos senadores, mas defende que a sociedade precisar gritar, se mobilizar, como forma de exigir mudanças no cenário nacional. “É claro que eles não vão aceitar a minha proposta, mas é preciso fazer alguma coisa, não podemos ficar parados”, ressaltou.

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