• 12/07/2018
  • por Resenha Politika

Gleisi Hoffmann diz que não tem pressa para receber apoio do PSB a Lula, mas quer disposição de RC

Gleisi Hoffmann diz que não tem pressa para receber apoio do PSB a Lula, mas quer disposição de RC

A disposição do PT em apoiar a pré-candidatura de João Azevêdo (PSB) ao Governo do Estado alcançou níveis nacionais. Em visita à Paraíba nesta quinta-feira (12), a presidente nacional do partido, a senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que a sigla petista tem toda disposição de se aliar ao PSB, para isso basta o projeto de sucessão do governador Ricardo Coutinho (PSB) dar palanque ao ex-presidente Lula (PT) no estado. Também estavam presentes no evento o vice-presidente nacional do PT, Márcio Macêdo e o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP).

De acordo com Gleisi sua visita ao estado tem dois objetivos: conversar com o partido e também visitar o governador Ricardo Coutinho. “Primeiro para agradecer as manifestações que ele tem feito de apoio a Lula. Ele visitou Lula em Curitiba e se manifestou, por meio de nota pública, sobre o último imbróglio judicial envolvendo Lula no último final de semana”, destacou inicialmente sobre o socialista.

“Queremos muito ter o governador Ricardo Coutinho, junto com o PSB, na campanha de Lula. E caminhar com ele, dentro do estado, com esse projeto nacional. Que é um projeto de recuperação do desenvolvimento econômico e social brasileiro, e de valorização do nosso povo e dos trabalhadores, contra essa agenda que está em vigor no Brasil”, afirmou Gleisi.

Questionada se sua presença era uma ratificação de apoio a pré-candidatura de João Azevêdo, Gleisi disse que as siglas estão em processo de construção de aliança. “Temos uma disposição de apoiar a candidatura do PSB, que é o candidato do governador, e queremos a disposição do PSB em apoiar Lula”, esclareceu. Para isso, a petista frisou que quer de uma “maneira formal, que é com uma coligação”. Direta, Gleisi pontuou: “Foi isso que viemos conversar com o PT e com o PSB”.

Sem pressa

Prazos não são estabelecidos para o anúncio do PSB em apoiar a candidatura de Lula, e com isso aglutinar o PT da Paraíba ao projeto de João. Gleisi não demonstrou pressa e destacou que a sigla socialista tem seus prazos de discussão. “É um partido em disputa, tem gente que defende Ciro, PT, neutralidade. Entendemos isso, é uma característica do PSB”, explicou. “O importante é a disposição que esse setor mais progressista do PSB tem de fazer a candidatura de Lula no partido. Se vamos conseguir mais cedo ou mais tarde isso não é o relevante, o relevante é o posicionamento”, destacou Gleisi.

A senadora citou como exemplo o caso do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). “Ele disse claramente que está defendendo aliança com Lula, vai para as instâncias partidárias defender, e acha importante isso. Então é esse movimento que estamos fazendo com o PSB”, comentou.

Gleisi resumiu esse contexto político-eleitoral que envolve PT e PSB da seguinte forma: “É uma construção, um processo. Então muitas vezes o tempo é necessário para gente amadurecer e ter um resultado positivo da construção de uma aliança”.

Aliança do PSB da Paraíba com golpistas

O PSB na Paraíba tem DEM no arco de alianças, e talvez agregue o PP. Partidos ditos golpistas pelo PT , com quem declararam anteriormente, em nível nacional, que não se coligariam. Esse posicionamento poderia então impedir a aliança entre PSB e PT no estado. Para Gleisi não há nada disso, e com outra leitura da situação ele comentou sobre a atual circunstância.

“Nossa aliança prioritária aqui é com o PSB, é com o governador Ricardo Coutinho, com ele temos compromisso. Pelos posicionamentos políticos, atitudes históricas, e porque ele tem importância na construção dessa política nacional com o PSB. Então nossa conversa passa pelo PSB, então outros partidos que estão na composição com ele é com ele, e nosso compromisso é com ele e com o projeto de Lula”, disse.

Lula

“Lula é hoje o único candidato e a única pessoa, por ser a maior liderança política popular da história desse país, com condições de tirar o país da crise e conduzir o Brasil para uma pacificação nacional. Já foi presidente, vocês conhecem bem o resultado do governo do presidente Lula, principalmente o Nordeste, a Paraíba conhece muito bem. E é isso que estamos precisando de novo. Não podemos nos conformar com a situação que o Brasil vive”. Essas foram as primeiras palavras de Gleisi Hoffmann durante coletiva de imprensa, em um hotel da Orla de João Pessoa, nesta quinta-feira.

Seguindo com o discurso inicila, Gleisi destacou que mais de 10 milhões de brasileiros já estão abaixo da linha da pobreza e que 40% da renda familiar dos mais pobres é gasta com gás de cozinha. “Já tínhamos passado dessa realidade nefasta. Estamos voltando no tempo. Por isso achamos importante a candidatura de Lula”, disse.

Lula também é um pedido popular, e não apenas partidário, acredita Gleisi. “A população também quer Lula. Mesmo estando preso há quase 100 dias, Lula continua na frente de todas as pesquisas eleitorais. A população quer Lula, então cabe ao PT construir esse caminho”, frisou.

Plano B para Lula

Gleisi Hoffmann poderia ser posta como vice-presidente de uma chapa encabeçada por Lula, para no caso do ex-presidente não ter sua candidatura homologada ela fosse o “plano B” do partido. Tese totalmente rechaçada pela senadora. “Não. Essa não é a estratégia”, disparou.

“Nosso candidato é Lula, vamos registrar Lula no dia 15 de agosto, e vamos lutar pela candidatura do Lula. Lutar frente a justiça eleitoral. Achamos que Lula tem direito a ser candidato, Lula é inocente, é quem tem a maior manifestação de votos favoráveis”, disse.

“Mais do que uma vontade do PT de ter Lula, é um dever e compromisso que temos com o povo brasileiro de defender sua candidatura e levá-lo a presidência da república”, finalizou Gleisi.

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