• 07/09/2019
  • por Resenha Politika

Justiça

Indicado para a PGR, Aras já assegura apoios em comissão do Senado

Indicado para a PGR, Aras já assegura apoios em comissão do Senado

Senadores que vão analisar inicialmente a indicação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República evitaram ontem impor resistências ao nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro. Entre os titulares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), apenas dois declararam que não pretendem dar aval à nomeação, enquanto seis se disseram favoráveis, segundo levantamento do Estadão/Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado. Única representante do PSL, partido de Bolsonaro, na CCJ a senadora Juíza Selma (MT), declarou que vai votar contra o escolhido para suceder a Raquel Dodge. Na oposição, o vice-líder do PT, Rogério Carvalho (SE), se disse a favor.

A reportagem ouviu 24 dos 27 titulares da comissão, responsável por sabatinar o indicado. Dez não quiseram comentar, seis afirmaram ainda não ter opinião e apenas três não responderam.

Otto Alencar (PSD-BA) e Angelo Coronel (PSD-BA), dois parlamentares que têm se posicionado contra o governo em uma série de votações no Senado, elogiaram a escolha de Bolsonaro para chefiar o principal órgão de investigação do País. "Ele não vai se dobrar a quem o indicou, ele é um homem do Direito e muito sério", afirmou Alencar, líder do partido no Senado. "A indicação de Augusto Aras talvez seja o ato mais responsável do presidente da República até então", disse Coronel.

Em reservado, parlamentares avaliaram que as críticas do escolhido de Bolsonaro a condutas da Lava Jato imprimiram nele um perfil contrário à criminalização da política, o que pode favorecer sua aprovação pelos senadores. Para ser nomeado, ele precisará do voto da maioria no plenário da Casa.

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