Jornalista usa redes sociais para lamentar leilão do Circulo Operário de Cajazeiras: "Lamentável sobre todos os aspectos"

O jornalista cajazeirense com atuação em João Pessoa, Salles Fernandes, lamentou na tarde desta terça-feira (10), a falta de envolvimento da sociedade diante do quadro da situação de crise administrativa do Circulo Operário de Cajazeiras.

Nesta quarta-feira (11), a Justiça Estadual de Cajazeiras, em conjunto com o leiloeiro oficial José Abrantes Filho, realizam leilão presencial e eletrônico de vários imovéis urbanos e ruraos, dentre eles a sede do Círculo Operário de Cajazeiras, com lance mínimo de R$ 250 mil.

"Lamentável sobre todos os aspectos. Implorei o apoio da Sociedade e entidades civis organizados de Cajazeiras, mas infelizmente ninguém me ouviu. Vamos perder esse patrimônio histórico da cidade," disse.

História

O Círculo Operário de Cajazeiras é uma das primeiras edificações do município; se constituía como uma organização voltada à orientação religiosa e agregava trabalhadores excluídos das demais associações classistas existentes na cidade.

A entidade tinha o Bispo Diocesano D. Moisés Coelho como um dos principais colaboradores. As atividades implementadas pelo Círculo Operário se constituíam predominantemente de doutrinamento católico, visando manter no seu associado um comportamento social diferenciado, longe de vícios e afastando-os dos costumes comuns; o objetivo principal era manter o trabalhador de Cajazeiras fora da preocupante estatística de analfabetismo que assolava a população sertaneja, além de distancia-los dos ideais socialistas já em evidência naquela época.

Na mesma década, o prédio passou a ocupar o Grêmio Artístico que realizava a função de qualificador da mão de obra comercial, através da promoção de cursos e similares, mas, sempre fundamentadas nos preceitos católico-cristão e na ajuda humanitária-assistencialista.

Por Gilberto Lira - Resenha Politika