• 17/10/2018
  • por Resenha Politika

Pedro protesta contra criação de 146 cargos comissionados pelo Governo em período de grave crise

Pedro protesta contra criação de 146 cargos comissionados pelo Governo em período de grave crise

O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) usou a tribuna da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (16) para protestar contra a Medida Provisória 840/18, que cria 164 cargos comissionados destinados ao Ministério da Segurança Pública. A matéria foi aprovada pela Casa e vai ao Senado, onde precisa ser votada ainda nesta quarta-feira (17) para que não perca a validade.
 
Durante o discurso, Pedro disse que é impressionante o grau da teimosia e da insensibilidade dos deputados com o momento que o Brasil vive. “Estamos voltando de um período de recesso branco em que esta Casa não funcionou. Isso representa um custo para o nosso País. O custo desta Casa é de mais de R$ 6 bilhões. É o povo brasileiro que paga essa conta e que não aguenta mais suportar esse peso. De repente, na primeira sessão com votação depois do nosso retorno, nós empurramos mais uma conta para o brasileiro pagar”, disse.
 
Pedro preferiu não entrar no mérito da importância dos cargos que foram criados, mas chamou a atenção para um aspecto básico. “Todos nós, antes de criarmos mais despesas, precisamos fazer um corte mínimo. Todos nós sabemos que existem cargos ociosos nesta Casa. Cada suplente da Mesa Diretora possui 11 cargos comissionados. Por que não fazer um remanejamento? Só existe uma razão: a teimosia de uma classe que insiste em não acordar, que insiste em não escutar o que o povo brasileiro exige e grita a cada momento”, destacou.
 
O deputado lamentou a votação e disse que se torna cada vez mais difícil acreditar que vai sair do Congresso o conserto para o País. “É isso que nos frustra tanto também. Chegamos aqui com a expectativa de que iremos conseguir consertar o nosso País, de que vamos dar um novo rumo para a nossa Nação, mas, de repente, é mais do mesmo”, afirmou.
 
Defesa - Pedro ainda defendeu um remanejamento de cargos. Para ele, se fosse em qualquer empresa brasileira, qualquer gestor pegaria cargos ociosos que podem ser remanejados para fazer uma realocação. Lamentando a postura do Governo, ele disse que no Brasil não existe essa lógica. Basta criar e repassar a conta. 
 
“Infelizmente esse é o primeiro sinal, o primeiro recado que esta Câmara dos Deputados passa à Nação depois desse recesso branco: mais uma criação de despesa, mais uma conta para o brasileiro pagar, sem um gesto mínimo de corte daquilo que não pode mais existir e daquilo que não cabe mais em nosso País. Deixo este protesto e trago a voz de um cidadão e de uma cidadã cansados, que não aguentam mais assistir passivamente a esta cena”, disse Pedro.

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