• 02/12/2018
  • por Resenha Politika

Justiça

Presidente do TJ prevê demissão de cargos comissionados no órgão

Presidente do TJ prevê demissão de cargos comissionados no órgão

Para tentar reduzir os custos do Tribunal de Justiça da Paraíba, o presidente eleito Márcio Murilo da Cunha Ramos prevê um corte dos cargos comissionados. Ele garante que a medida não vai resolver o problema financeiro do órgão, mas pode melhorar os números, cuja situação ele considera ‘crítica’.

“Vamos fazer um enxugamento para chegar a uma situação de estabilidade, mas ainda assim a conta não fecha”, informou. Ele ainda garantiu que os servidores que permanecerem terão ‘trabalho dobrado’.

Ele também vê que próximo ano será insustentável. Ele explica que caso seja aprovado o orçamento de R$ 619 milhões não dará para cumprir folha de pagamento.

Grande demanda para pouco magistrado

Ele conta que atualmente a Paraíba conta com 276 juízes e mais de 300 mil processos por ano para serem julgados. Segundo ele, é humanamente impossível que os magistrados deem conta da demanda.

O presidente explicou que, para que não houvesse demora nos julgamentos, o juiz precisaria julgar cerca de seis casos por dia. Para cumprir esse número, a qualidade dos julgamento pode ser comprometida. Ele justificou que para cada processo, o juiz escreve, em média, 100 laudas para chegar a uma decisão, o que pode requerer muito mais de um dia para cada sentença.

O magistrado revelou ainda que mais de 816 mil processos tramitam na Paraíba. ” Os juízes estão cheios de processo, até o pescoço”, analisou em entrevista ao programa Arapuan Verdade.

Para tentar atenuar o atual cenário de lentidão, o novo presidente aposta em tentar trazer agilidade com a digitalização dos processos. A medida também traria uma redução de gastos para a folha de pagamento, que tem sobrevivido apesar de cortes do governo.

MaisPB

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