• 24/05/2018
  • por Gilberto Lira

Judiciário

Associação dos Magistrados emite nota sobre confusão de juiz com protestantes em rodovias no interior da PB

Associação dos Magistrados emite nota sobre confusão de juiz com protestantes em rodovias no interior da PB

A Associação dos Magistrados da Paraíba (AMPB) emitiu nota, na tarde desta quinta-feira (24), sobre o fato ocorrido na manhã desta quinta-feira (24), onde juiz Agílio Tomaz Marques aparece em confusão com protestantes na BR 230 no trecho entre as cidades de Marizópolis e Sousa, sertão paraibano.

Confira:

A Associação dos Magistrados da Paraíba (AMPB) vem a público se manifestar acerca do fato amplamente noticiado pela imprensa, no qual se envolveu o magistrado Agílio Tomaz Marques, ocorrido nas imediações do município de Marizopolis, nesta quinta-feira (24 de maio).

Inicialmente, necessário alertar a população para o fato de que apenas uma parte do ocorrido foi filmada, o que impõe justeza e serenidade nas avaliações a seu respeito, a fim de que não se exponha à execração pública um magistrado cujo histórico profissional é irrepreensível.

Assim como garantido a qualquer cidadão, o julgamento, inclusive  o público, deve estar embasado em inteiro conhecimento dos fatos e todas as circunstâncias que os envolvem.

No caso versado, o magistrado informou que, estando trafegando na rodovia, deparou-se com bloqueio e reduziu a velocidade. Nesse momento, o indivíduo identificado no vídeo lançou o seu capacete contra o veículo do juiz, danificando o retrovisor.
Entretanto, ao ser questionado como seria ressarcido do prejuízo, o indivíduo empurrou o juiz e o ameaçou, de dedo em riste. Assim é que, amparado pelo art.  301 do CPP, deu voz de prisão ao agressor.

O cumprimento da ordem foi realizado por policiais militares, ante inclusive a recusa de cumprimento por militares do exército, e o indivíduo, depois de resistência, foi encaminhado à delegacia, a fim de ser autuado em flagrante em relação aos crimes praticados.

Importante firmar ainda que eventuais excessos praticados por qualquer agente devem ser apurados pelos órgãos responsáveis e levando-se em consideração os fatos em sua inteireza, assim como a comoção gerada no calor do incidente.

João Pessoa, 24 de maio de 2018

Juíza Maria Aparecida Sarmento Gadelha
Presidente da AMPB