• 25/03/2020
  • por Resenha Politika

Declarações

Veja as reações de políticos e autoridades contra a fala de Bolsonaro

Veja as reações de políticos e autoridades contra a fala de Bolsonaro

Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) repetir em pronunciamento na TV nesta terça-feira (23), que o coronavírus não passa de uma "gripezinha ou um resfriadinho", criticar a cobertura da mídia e as atitudes que os governadores estaduais estão tomando para impedir a proliferação da doença, a classe política se revoltou e fez manifestações duras contra o chefe do Executivo.

presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia (PSD-MG) disseram que "não é momento de ataque à imprensa e a outros gestores públicos".  "Neste momento grave, o País precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19. Posição que está na contramão das ações adotadas em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde(OMS)", disse o presidente e o vice do Senado.

O ministro do Supremos Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que a insensatez não se sustenta nesse momento. "A pandemia do #covid19 exige solidariedade e co-responsabilidade. A experiência internacional e as orientações da OMS na luta contra o vírus devem ser rigorosamente seguidas por nós. As agruras da crise, por mais árduas que sejam, não sustentam o luxo da insensatez", publicou o ministro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ressaltou que tem pedido por união e serenidade. "O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública. O momento exige que o governo federal reconheça o esforço de todos - governadores, prefeitos e profissionais de saúde - e adote medidas objetivas de apoio emergencial para conter o vírus e aos empresários e empregados prejudicados pelo isolamento social", disse Maia.

O senador José Serra (PSDB-SP) contradisse Bolsonaro com dados. "O pronunciamento do presidente Bolsonaro foi na contramão do mundo e da realidade apresentada pelo seu @MinSaude: já são mais de 2.200 casos confirmados de coronavírus no Brasil e 46 mortes, sendo 40 no estado de São Paulo.Estamos em meio a uma pandemia que não deve minimizada. É preciso reconhecer  que a economia não vai se recuperar de forma imediata e que é preciso fortalecer o SUS, mediante a operacionalização de um fundo que disponha dos recursos e da agilidade necessários ao combate às consequências do #coronavírus", publicou em suas redes sociais.

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, por meio de sua assessoria de imprensa, explicou que as medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias do município, Brasil e mundo, inclusive serão intensificadas. Ele ainda considerou um erro politizar a discussão.

Já o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD) afirmou, que as medidas restritivas adotadas estão mantidas na Capital paraibana. Segundo ele, João Pessoa tomou decisões duras seguindo o que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) e especialistas do setor, baseados na ciência e na experiência de outros países no enfrentamento à pandemia.