• 15/03/2022
  • por Resenha Politika

Eleições 2022

Ciro é questionado sobre Lava-Jato: 'Condenação eterna é nazismo'

Ciro é questionado sobre Lava-Jato: 'Condenação eterna é nazismo'

Em evento organizado pelo próprio partido para debater medidas de combate à corrupção, o pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, foi questionado por ter João Santana na comunicação de sua pré-candidatura. O pedetista justificou que o marqueteiro "não foi condenado por corrupção", mas que já "pagou suas penas", por isso não haveria contradição em contratá-lo para sua campanha.

Santana comandou as bem-sucedidas campanhas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Ele foi condenado, no âmbito da operação Lava-Jato, por lavagem de dinheiro após confessar em delação premiada o uso de caixa dois nas eleições. Em 2021, foi contratado pelo PDT para trabalhar a candidatura presidencial de Ciro.

Ciro foi questionado pelo pesquisador Bruno Carazza, convidado para compor uma das mesas do seminário, como o pedetista discutiria estratégias de combate à corrupção com o eleitorado brasileiro tendo contratado o "símbolo dessa aliança entre o sistema político e o sistema de elite econômica que acabou degenerando em corrupção".

— O João Santana nunca foi condenado por corrupção. Ele sofreu uma condenação, ainda que tenha sigo Sergio Moro que o julgou, que não é propriamente alguém de quem se admire a isenção, por vícios de caixa 2. E, nisto, cometeu um erro indesculpável, foi condenado, pagou todas as penas e está de volta à sociedade — afirmou o presidenciável.

Na coletiva de imprensa após o evento, o pedetista disse ser "nazismo" defender a "condenação eterna" e defendeu o aliado. Momentos antes, ele propôs "criminalizar para valer o caixa dois" como uma das medidas de combate à corrupção.

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