• 12/06/2021
  • por Resenha Politika

Brasília

Especialistas estimam que 3 em 4 mortes por Covid-19 poderiam ter sido evitadas

Especialistas estimam que 3 em 4 mortes por Covid-19 poderiam ter sido evitadas

Durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, os cientistas Claudio Maierovitch e Natalia Pasternak apresentaram estimativas de mortes em decorrência por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas caso o governo federal tivesse adquirido vacinas antes e adotado mais medidas de combate à pandemia.

Ao citar um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Maierovitch apontou que cerca de 90 mil óbitos poderiam ter sido evitados se os acordos com o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer tivessem sido assinados antes. 

Ainda segundo o cientista, se o Brasil tivesse tido "alguns períodos de confinamento" e "uma boa campanha de comunicação", metade das 482.019 mortes que o país registra poderiam não ter ocorrido. 

“Muito difícil falar em números. Caso tivessem sido fechados acordos precocemente, com o Butantan e com a Pfizer, teríamos evitado entorno de 80 a 90 mil mortes no país. Certamente se tivéssemos tido alguns períodos de confinamento, uma boa campanha de comunicação, nos teríamos um número de mortes muito menor. Não sei se alguém já fez essa estimativa de forma científica. Mas se formos pensar nestes números em forma de grandeza, dá para pensar em metade dessas mortes evitáveis", afirmou.

Já Pasternak apresentou um levantamento realizado pelo epidemiologista Pedro Hallal, professor da Escola Superior de Educação Física da UFPel e coordenador do Epicovid-19, um dos maiores estudos sobre coronavírus no país. Segundo o estudo -- publicado na revista científica The Lancet --, caso o Brasil estivesse na média mundial de controle da pandemia, três de quatro mortes poderiam ter sido evitadas.

"Ou seja, quando atingirmos 500 mil mortes, isso quer dizer que 375 mil poderiam ter sido evitadas com melhor controle da pandemia", ressaltou a cientista.

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