• 20/02/2021
  • por Resenha Politika

Mudança

General Joaquim Silva e Luna: o nome de Bolsonaro para Petrobras

General Joaquim Silva e Luna: o nome de Bolsonaro para Petrobras

O ex-ministro da Defesa e diretor-geral da Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna, foi anunciado nesta sexta-feira (19) como o nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a presidência da Petrobras. 

Em setembro do ano passado, Luna assumiu o cargo em Itaipu para um mandato de até quatro anos. Na ocasião, ele substituiu o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira, já fora do governo. O MME (MInistério de Minas e Energia) não informou quem vai assumir o comando de Itaipu.

A indicação de Silva e Luna ainda precisa passar pela aprovação do conselho de administração da Petrobras, pois Bolsonaro não tem poder formal para demitir o atual mandatário, Roberto Castello Branco. A decisão cabe ao conselho, formado por membros indicados pelo governo, mas que atuam com independência. O conselho deve se reunir na terça-feira (23) para discutir a troca.

O general é próximo de Bolsonaro. No comando de Itaipu, usou o orçamento da hidrelétrica binacional para fazer várias obras, inclusive uma ponte que liga Brasil e Paraguai, o que agradou Bolsonaro.

Como militar, é visto como um cumpridor de ordens, apesar de não ter uma postura próxima à do ministro da Saúde, general Eduardo Pazzuelo, que é considerado, dentro do governo, como alguém mais subserviente ao presidente.

Luna é visto como alguém de perfil discreto e pacificado.

Com sua transferência a Petrobras confirmada, Bolsonaro deve passar a ter mais um cargo importante nas mãos, a chefia de Itaipu, para acomodar membros do Centrão. A vaga é cobiçada por partidos do bloco devido ao orçamento bilionário da hidrelétrica. Além disso, por ser uma empresa de caráter binacional, a indicação não precisa cumprir as regras restritas estabelecidas na lei das estatais.


Com 71 anos, Luna serviu cinco anos no Ministério da Defesa, inicialmente como Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto; depois, como Secretário-Geral do Ministério; e por último, como ministro da Defesa, entre fevereiro de 2018 e  janeiro de 2019.

Nos seus 12 anos como Oficial General da ativa, foi comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé, Amazonas, de 2002 a 2004. Foi chefe do Estado-Maior do Exército de 2011 a 2014 e comandou várias Companhias de Engenharia de Construção na Amazônia.

Luna tem pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, em curso realizado na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (1998); e Doutorado em Ciências Militares, realizado na Escola de Comando e EstadoMaior do Exército (1987/88), entre outros cursos.

No exterior, foi membro da Missão Militar Brasileira de Instrução e Assessor de Engenharia na República do Paraguai, de 1992 a 1994; e adido de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutico no Estado de Israel, de 1999 a 2001.  R7

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