• 29/03/2019
  • por Resenha Politika

ALPB

Reforma da Previdência: deputada diz que governo não pode penalizar idosos e trabalhadores

Reforma da Previdência: deputada diz que governo não pode penalizar idosos e trabalhadores

Em declaração feita na Assembleia Legislativa da Paraíba, nesta quinta-feira (28), a deputada Drª Paula se posicionou contra o projeto de Reforma da Presidência, da forma original apresentada pelo governo federal. A parlamentar informou que é contrária a alguns capítulos do projeto, principalmente, os que penalizam o trabalhador rural e os idosos. “O governo não pode sacrificar os mais pobres, principalmente os idosos carentes, para tirar a Previdência do Caos”, declarou.

A título de exemplo, a deputada citou o capítulo que trata do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Atualmente, o BPC contempla o idoso carente, aquelas pessoas que não podiam contribuir porque viviam em extrema pobreza. “Hoje, esses idosos são aposentados aos 65 anos de idade. Com a reforma, passarão a ter o benefício, somente, a partir dos 70 anos, e com um salário reduzido, pasmem, para 400 reais”, informou.

“Estarei ao lado dos idosos, dizendo não à reforma da Previdência. Não posso apoiar um projeto que massacra os mais pobres. Repito, não é a pobreza que tem que contribuir para tirar a Previdência da situação crítica em que se encontra atualmente”, afirmou a deputada.

Drª Paulo falou, também, do caso específico do funcionário público. Ela lembrou que, hoje, o homem se aposenta com 60 anos de idade, e, a mulher, com 55 anos, após 20 anos de contribuição. Caso a reforma seja aprovada, o homem passará a se aposentar com 65 anos e, a mulher, com 62, e, ainda, 25 anos de contribuição.

“Sabemos que na pirâmide do funcionário público, são poucos os que atingem um teto digno de ter uma boa aposentaria, capaz de lhe garantir escolas para os filhos, lazer, cultura, etc. Estarei, também, contra essa reforma, que vem para esmagar o funcionário púbico”, assegurou.

De acordo com Drª Paula, o governo federal deveria cobrar a dívida que as grandes empresas e bancos têm junto a Previdência Social, como forma de sanear as contas do setor, em vez de retirar direitos dos mais necessitados. “Sabemos que bancos e grandes empresas devem muito à Previdência. Por que o governo não cobra essa dívida?”, indagou a parlamentar.

Assessoria

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