• 27/02/2020
  • por Resenha Politika

Saúde Pública

Com coronavírus, governo antecipa campanha de vacinação da gripe para o dia 23 de março

Com coronavírus, governo antecipa campanha de vacinação da gripe para o dia 23 de março

O governo federal anunciou nesta quinta-feira (27), em São Paulo, que vai antecipar a campanha de vacinação da gripe em 23 dias, com início previsto para 23 de março. A decisão acontece após confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil.

Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com a vacina da gripe, os pacientes que chegarem às unidades de saúde com sintomas gripais e informarem que tomaram a vacina irão facilitar o diagnóstico do coronavírus, já que as doenças contempladas na vacina não serão consideradas.

"Essa reunião foi feita, entre outros motivos, para saber graus de lote de produção, previsão de entrega, previsão de logística de distribuição, ela é uma campanha nacional e nós definimos que, nós trabalharemos para o dia 23 de março. Antecipando em 23 dias a data prevista original para essa campanha", disse Mandetta.

"Por que fazer a campanha? Por que recomendar a vacina? Se essa vacina, ela me dá cobertura, ela deixa o sistema imunológico do indivíduo de 80%, daqueles que tomam a vacina, protegidos contra essas cepas de influência, essas cepas virais que estão circulando que são milhares de vezes mais comuns que o corona vírus, para um eventual profissional de saúde, um médico, na hora que um indivíduo um mês depois, dois meses depois, se ele tem um quadro gripal ele informa que foi vacinado ele auxilia muito o raciocínio desse profissional para pensar na possibilidade de outras viroses, que não aquelas que são cobertas pela vacina", completou.

Participam da mesa José Henrique Germann, Secretário da saúde, David Uip, coordenador do centro de contingência, João Doria, governador de São Paulo, Luiz Henrique Mandetta, Ministro da Saúde, Helena Sato, diretora da vigilância sanitária estadual, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan e Cléber Mata, da comunicação do governo.

Durante a coletiva de Imprensa, o médico infectologista David Uip explicou como funcionará o Centro de Contingência para monitorar casos suspeitos de coronavírus montado pelo governo do Estado.

“Este centro está montado composto com experts na área de infectologia. A primeira informação é que estamos diante de um processo conhecido. O coronavírus não é novo: nós estamos lidando com uma variação genética. Vivemos isso com H1N1, com dengue com sarampo então nós estamos preparados para lidar com uma situação que é conhecida.” disse Uip.

"Paciente com tosse e com febre fica em casa. Deverão procurar um serviço de saúde aqueles com complicações respiratórias. Essa febre foi e voltou? Procura o atendimento. Começou a ter dificuldade pra respirar? Procura um serviço de saúde", completou o médico.

Caso confirmado

O paciente que teve os exames confirmados para a Covid-19 é um morador de São Paulo de 61 anos que viajou para o norte da Itália entre 9 e 21 de fevereiro. O paciente tem sinais brandos da doença, como tosse, e está em isolamento domiciliar.

Os exames de detecção da doença são feitos a partir da coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz), que é realizado pelo hospital que atendeu o caso suspeito e encaminhado ao laboratório de saúde pública na capital.

Os dados oficiais estão sendo registrados pelos municípios em um sistema de notificação do Ministério da Saúde.

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