• 22/05/2023
  • por Resenha Politika

Saúde

Estudo alerta que SRAG em gestantes eleva em quatro vezes o risco de morte fetal

Estudo alerta que SRAG em gestantes eleva em quatro vezes o risco de morte fetal

Quais os impactos dos quadros mais graves da Covid-19 na gestação? Segundo artigo publicado na revista BMC Pregnancy and Childbirth, a chance de morte do feto foi quatro vezes superior em gestações durante as quais as mulheres tiveram Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Esse risco aumentou ainda mais quando o quadro de SRAG na gestante foi acompanhado de parto vaginal (risco 7,06 vezes maior), ou quando houve necessidade de internação da gestante na Unidade de Terapia Intensiva UTI (risco 8,79 vezes maior) ou uso de ventilação mecânica (risco 21,22 vezes maior).

Para investigar a associação entre o risco de morte fetal e a SRAG durante a gravidez, os pesquisadores acompanharam gestantes que precisaram de internação hospitalar com sintomas respiratórios, no estado da Bahia. O estudo foi realizado a partir da integração dos dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sivep).

Segundo a investigação, quanto maior a gravidade do quadro clínico, maior a chance de perda do bebê. “O risco foi crescente de acordo com a gravidade do quadro clínico, por exemplo, se a gestante necessitou de internação em UTI, ou de respirar com ajuda de aparelhos, a chance de morte fetal foi de 8 até 21 vezes maior”, explica a pesquisadora que liderou a pesquisa, Rita Carvalho Sauer, servidora da Vigilância Epidemiológica no Núcleo Regional de Saúde Leste, da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia e doutoranda em Epidemiologia no Instituto de Saúde Coletiva, da Universidade Federal da Bahia.

Por conta da maior demanda metabólica de gestar um feto, em geral, as mulheres grávidas são menos tolerantes à falta de oxigenação no sangue. “Se o funcionamento pulmonar da gestante está prejudicado pela síndrome respiratória aguda grave, a oxigenação do feto pode ficar deficiente, levando ao sofrimento fetal e até o óbito”, explica.

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