• 16/04/2023
  • por Resenha Politika

Saúde

Doutora em Psicologia analisa incidência de TDAH em adultos

Doutora em Psicologia analisa incidência de TDAH em adultos

 As características podem variar de intensidade de um nível mais sutil (e assim escuso e subnotificado), até os mais gritantes e aparentes. Daí a importância de a sociedade colocar uma lupa neste assunto, dizem os especialistas. Conhecido como um distúrbio neurológico, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresenta várias características, como falta de atenção, excesso de inquietação e impulsividade.   

Geralmente os sintomas iniciais são apresentados na infância, contudo é relativamente comum que algumas pessoas só os descubram na fase adulta e precisem aprender a lidar com a nova descoberta. É o caso de Lily Allen, de 37 anos. A cantora britânica revelou recentemente ter recebido o diagnóstico de TDAH apenas na fase adulta. “Tive que me desconectar completamente das redes sociais porque, assim que olho para elas, posso passar horas do meu dia”, lamentou a artista. 

Para a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Faculdade FPB, Simone Alves, independentemente da fase da vida em que se descubra o diagnóstico do distúrbio, o acompanhamento com profissionais habilitados é fundamental para se administrar uma vida da melhor forma possível. 

Na vida adulta, o TDAH não diagnosticado e sem tratamento pode acarretar graves problemas, segundo o especialista. “Nessa fase, o indivíduo tem problemas muito mais profundos, pois levam a situações de dificuldade de comunicação, falta de empatia, dificuldade de manter relacionamentos e dificuldades no ambiente de trabalho”, explica a doutora em psicologia. “Os sintomas podem causar baixa autoestima, ansiedade e irritabilidade”, continua. 

Com muitos desafios para enfrentar, inclusive o preconceito da sociedade e a falta de informação, a pessoa com TDAH lida com a dificuldade em manter o foco nos processos de aprendizagem e na conclusão de atividades. Mesmo na fase adulta, vivenciar essas diversas situações pode ser desgastante. 

O que fazer após a descoberta? 

Com o diagnóstico em mãos, a pessoa deve iniciar um processo de autoacolhimento, sem se preocupar com rótulos. “O indivíduo precisa começar a se entender em uma nova realidade de vida. Então vem o processo de cair a ficha, que é fundamental ser vivenciado, e aí ele se percebe e se acolhe numa nova fase”, destaca a especialista. 

Ele também lembra a importância do acompanhamento com especialistas como psicólogos, neurologistas e psiquiatras, que são profissionais habilitados para atuar de forma interdisciplinar, para que se chegue a um diagnóstico preciso.

“O diagnóstico não é uma forma de colocar um rótulo na pessoa, para que ela fique o resto da vida com esse rótulo. É uma forma também para conhecimento pessoal, muito significativo na sua vida. Este conhecimento é fundamental, pois é uma forma de prestar uma assistência qualificada às particularidades do indivíduo”, ressalta a professora de Psicologia da FPB.

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