• 16/01/2024
  • por Resenha Politika

Janeiro Roxo

HUJB-UFCG realiza campanha para a prevenção e tratamento da Hanseníase

HUJB-UFCG realiza campanha para a prevenção e tratamento da Hanseníase

O mês de janeiro é tradicionalmente conhecido por intensificar o debater sobre a hanseníase. Trata-se de um problema de saúde pública notificado com mais de 19 mil casos em todo o Brasil, entre janeiro e novembro de 2023, segundo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde. Neste janeiro Roxo, o Hospital Universitário Júlio Bandeira, da Universidade Federal de Campina Grande e vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HUJB-UFCG/Ebserh), esclarece sobre prevenção e tratamento.

Causada por uma bactéria chamada mycobacterium leprae (no formato alongado, conhecido como bacilo), a hanseníase acomete os nervos periféricos. Por esse motivo, os sintomas se refletem em sensações de choques, dormência e/ou queimação, perda da sensibilidade e da força das mãos e dos pés. Na pele, as manchas esbranquiçadas ou avermelhadas também são uma característica. Além disso, uma outra especificidade está relacionada ao período de multiplicação das bactérias, que costuma ser muito lento.

Diagnóstico precoce

A detecção precoce da hanseníase é fundamental para evitar complicações mais graves. Profissionais de saúde e a população em geral devem estar cientes dos sintomas, que incluem manchas na pele, dormência e fraqueza muscular, e buscar ajuda médica ao menor sinal de suspeita. Lembrando que o diagnóstico e o tratamento são realizados na atenção básica (na UBS perto de casa).

“A detecção precoce da hanseníase é fundamental. A doença é tratável com antibióticos específicos, e a adesão rigorosa ao tratamento é crucial para evitar a resistência bacteriana. A supervisão médica regular é necessária para garantir a eficácia do tratamento”, diz o infectologista do HUJB-UFCG, Fernando Chagas.

Contaminação

A contaminação ocorre por meio das gotículas de mucosa oral e nasal (espirro, tosse) a partir do contato com pessoas que estão com a doença, mas não estão em tratamento, especialmente com as formas multibacilares, ou seja, quando o indivíduo possui múltiplos bacilos. Especialistas reforçam a importância do diagnóstico precoce, feito a partir da devida atenção aos sintomas mencionados, principalmente porque, em estágios mais avançados da doença, pode haver acometimento nos membros (atrofias) e até cegueira. 

Além disso, há um fator de pré-disposição genética porque existem pessoas que já entraram em contato com a bactéria e foram resistentes a ela, enquanto isso não acontece em outros indivíduos, que acabam desenvolvendo a doença.

Educação e conscientização

Promover a educação sobre a hanseníase é essencial para dissipar mitos e equívocos. Conscientizar a comunidade sobre a transmissão da doença, seu tratamento eficaz e a vida normal após a cura contribui para reduzir o estigma associado a essa condição e evitar complicações.

 

Saiba mais: janeiro com ênfase na hanseníase

Além da campanha Janeiro Roxo, o mês reforça a conscientização sobre a doença com as datas do Dia Mundial contra a Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro, e, no calendário de saúde brasileiro, com 31 sendo considerado como Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase (Lei nº 12.135/2009).

 

Sobre a Ebserh

O HUJB-UFCG faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

 

Comentários