• 12/06/2024
  • por Resenha Politika

Saúde

Paraíba inicia a Semana de Vacinação contra Poliomielite nas Escolas e Creches para elevar a cobertura vacinal

Paraíba inicia a Semana de Vacinação contra Poliomielite nas Escolas e Creches para elevar a cobertura vacinal

Com o objetivo de aumentar as coberturas vacinais contra a pólio que estão muito baixas em vários municípios, o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES)/Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevs)/Gerência Executiva de Atenção à Saúde (Geas), está promovendo a Semana de Vacinação contra a Poliomielite nas Escolas do ensino infantil e creches, até a próxima sexta-feira (14), e vai acompanhar as ações de vacinação nas escolas de todo o estado.

A SES vai promover atividades de vacinação nas escolas durante a Campanha Nacional contra a Poliomielite para garantir que as crianças menores de 5 anos sejam protegidas, por meio de uma ação integrada de vacinação que acontece nas escolas de todo o estado para fortalecer a campanha e para que essas ações surtam o efeito desejado que é aumentar as coberturas vacinais nos municípios.

As escolas e creches do estado consistem em espaços estratégicos para vacinação de crianças, desse modo a SES irá acompanhar as ações da semana de vacinação contra a Poliomielite em todas as escolas do estado. Portanto, a semana de vacinação nas escolas facilitará o acesso do público-alvo à vacinação.

Atualmente, a Paraíba ocupa a 6ª posição do ranking dos estados na vacinação contra a Poliomielite, com 8,73% da cobertura vacinal – percentual muito baixo para o estado que é uma referência em vacinação. Entretanto, o estado apresenta dois municípios que alcançaram a meta de vacinação da campanha contra poliomielite que foram Zabelê com 100,83% da cobertura e São José dos Cordeiros com 100,67%. A meta é vacinar, no mínimo, 95% das crianças de 1 ano a menores de 5 anos de idade. Na Paraíba, são 216.989 mil crianças a serem vacinadas.

Os municípios de Belém do Brejo do Cruz, Brejo dos Santos, Coxixola, Gurjão, Mãe d'Água, Marcação, Nova Floresta, São José de Princesa, Tenório, Triunfo e Vieirópolis estão com coberturas zeradas. Apenas 13 municípios estão com cobertura maior de 50% e menor de 90%; e 208 municípios estão com cobertura menor de 50%.
 
De acordo com a chefe do Núcleo de Imunização da SES, Márcia Mayara, a Paraíba já foi reconhecida nacionalmente, em 2022, como o primeiro estado a atingir a cobertura vacinal contra a pólio, entretanto a cobertura vacinal deste ano está muito baixa e o objetivo da SES é vacinar todas as crianças do estado para elevar a cobertura vacinal contra a Poliomielite e erradicar a doença por meio da vacinação.

Para isso ela lembra que a comunidade escolar, bem como os pais e responsáveis pelas crianças são peças fundamentais para o sucesso da vacinação nas escolas. “As crianças menores de cinco anos vão ser vacinadas nas unidades escolares e vamos acompanhar de perto a vacinação, entretanto as que não forem vacinadas podem ser levadas, por seus pais e responsáveis, até uma unidade de saúde mais próxima de sua casa para tomar a vacina”, falou.

De acordo com o pediatra e diretor técnico do Complexo Pediátrico Arlinda Marques, Ariano Brilhante, a pólio é uma doença perigosa que foi erradicada há mais de 30 anos no Brasil, mas tem o risco de voltar a acontecer por causa da baixa vacinação. A vacina é a principal forma de prevenção da doença, protegendo não só a pessoa vacinada, mas também a população em geral. É importante garantir que todos se vacinem para evitar a propagação da doença.

“A pólio é uma doença traiçoeira, porque causa danos irreversíveis. O vírus afeta diretamente o sistema nervoso central, e por isso causa paralisia, e por isso o tratamento é tão prolongado e tão custoso. A gente vê que a principal forma de prevenção é a vacina. A vacina tem duas formas: a injetável, que acontece quando a criança é bebezinha, e os reforços que acontecem na forma de gotinha. Por isso que o Zé Gotinha que conhecemos ficou tão famoso, pois motivou tantas campanhas de vacinação contra a pólio, e que hoje em dia é inclusive um símbolo de vacinação. É importante frisar que a vacina é a principal forma de prevenção da doença, tanto de proteção própria como de proteção das outras pessoas da população”, pontuou.

A SES vai fazer o acompanhamento das ações de vacinação nas escolas infantil e creches nas seguintes cidades: João Pessoa (CMEI Rebeca Cristina Alves Simões); Guarabira (Escola Paulo Brandão); Campina Grande (EMEIF Padre Emidio Viana Correia); Cuité (Benedito Venâncio dos Santos); Monteiro (CEI Maria do Socorro); Patos (Creche Dona Nini); Itaporanga (Berçario Mariana); Catolé do Rocha (Creche Municipal Romulo Maia); Cajazeiras (Creche Municipal São José); Sousa (Creche Pré-infatil Idelzuite Pires de Sá); Princesa Isabel (Creche Municipal Unidade VI, Creche Salviana Nunes da Silva e Creche Comunitária Inês Diniz); e Itabaiana (Creche tia Hilda Cardoso Açude das  Pedras).
 
A poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 ou 3, que, em geral, acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível.  Para tanto, essa estratégia de vacinação é fundamental para a redução do risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, uma vez que a doença se encontra eliminada no País desde 1994.

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