11.540 pessoas devem ser diagnosticadas com leucemia até 2025; saiba mais sobre a doença

As estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) preveem 11.540 novos casos de leucemia até 2025, que se referem aos tipos de cânceres das células sanguíneas da medula óssea. Recentemente, a filha do apresentador e empresário Roberto Justus, Fabiana Justus, divulgou o diagnóstico da doença e compartilhou sua jornada de tratamento em busca da cura.

Fabiana foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda, um dos tipos mais comuns da doença. De acordo com a hematologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Hatsumi Iwamoto, há ainda outros tipos que costumam ser os mais frequentes: a linfoblástica aguda, a mieloide crônica e a linfocítica crônica.

“Os tipos agudos são os que apresentam evolução rápida, com quadro clínico exuberante. As crônicas costumam ter início insidioso e, em alguns casos, são assintomáticas. Já a leucemia linfoblástica aguda é a mais comum em crianças, mas todas as leucemias podem acontecer em qualquer idade”, explica a médica.

No caso de Fabiana, a influencer compartilhou com seus seguidores que foi até uma unidade de saúde após sentir dor nas costas e febre, e após alguns exames, descobriu que se tratava da leucemia. Ela precisou ficar internada e iniciar a quimioterapia.

De acordo com a especialista da Hapvida NDI, as causas da leucemia ainda não estão bem estabelecidas, mas alguns fatores podem estar relacionados, como a exposição à radiação ionizante, a agrotóxicos e ao benzeno, além da predisposição genética associada a fatores ambientais.

Dentre os sintomas, estão febre, aumento dos gânglios linfáticos e dores ósseas. “Os pacientes também apresentam indícios relacionados à baixa da produção de células sanguíneas, que resultam em anemia, baixa imunidade e plaquetas baixas. Essas alterações, por sua vez, causam cansaço, fraqueza, palidez, manchas roxas na pele e sangramentos pela gengiva e pelo nariz”, elenca, acrescentando que as manifestações são comuns às crianças e aos adultos.

A médica ressalta que o diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura. Após o tratamento, a rotina de acompanhamento é essencial para monitoramento, detectando possíveis reaparecimentos e gerenciando efeitos colaterais ou complicações tardias.

Diagnóstico e tratamento – O diagnóstico é feito por meio de exames, como mielograma, imunofenotipagem, cariótipo e outros testes genéticos e moleculares. Já o tratamento consiste em quimioterapia e, em casos selecionados, pode ser indicado o transplante de medula óssea, cujo objetivo é substituir a medula óssea doente do paciente por uma saudável de um doador compatível.

No caso de Fabiana Justus, os dois tratamentos foram necessários. Nas redes sociais, ela compartilhou que fez o transplante após receber a doação 100% compatível de um doador anônimo. Sua alta hospitalar ocorreu na última semana.